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BRF: Carne Bovina não será concorrente das aves nas festas do final de ano

 

Ao contrário do que as empresas de alimentos mais expostas à carne bovina têm dito, o presidente da BRF, José Antonio do Prado Fay, afirmou que a proteína não será concorrente das aves nas comemorações de final de ano. "Primeiro, porque há uma questão cultural de se ter uma ave na ceia de Natal. E outro, porque os preços das aves não estão tão alterados assim como se fala. A tendência para esse final de ano é que a carne bovina suba de preço e as aves fiquem relativamente estáveis. Portanto, não vejo uma migração de aves para bovinos", declarou o executivo, há pouco, em coletiva de imprensa após a reunião Apimec com investidores e analistas.
 
Ele também disse que, na verdade, o consumo de carne bovina será maior nesse final de ano, porque tanto o Natal quanto o Ano Novo terão um final de semana antes. No ano passado, os dois eventos ocorreram no final de semana. "Também seremos beneficiados se houver uma demanda maior por bovinos. Temos a linha Na Brasa, que tem vários cortes bovinos, frangos e suínos. A carne bovina não será uma concorrente e sim mais uma participante", afirmou. O carro-chefe da companhia continuará sendo a ave Chester, da Perdigão, que, segundo Fay, vende mais do que o peru, ao mesmo tempo que a ave Supreme, da Sadia, vai compensar a falta do Fiesta, transferido à Marfrig na troca de ativos. "Mas o peru Sadia é também muito vendido nessa época", ressaltou.
 
Preços
 
Com relação aos reajustes de preços finais dos itens para compensar o efeito do alto custo de produção, Fay disse que estão em linha com o que ele havia falado na ocasião dos resultados do segundo trimestre: aumento médio de 10% em todo o segundo semestre. "No terceiro trimestre, houve um aumento médio de 5,1% e o restante vai ser realizado no quarto trimestre", informou. Para ele, a inflação dos alimentos é uma realidade global e pode ficar mais evidente se houve mais quedas das próximas safras de grãos.
 
Aquisições e concorrência
 
O presidente da BRF reiterou que a companhia continuará com plano de internacionalização, que pode ser ou via aquisições ou parcerias como as efetuadas até agora (joint venture na China; sócio na Argentina, após a aquisição da Avex, Dánica e Quickfood; parceria com a Federal Foods no Oriente Médio). "Temos uma visão muito flexível para entrar nos mercados-alvo, principalmente nas parcerias. E estamos olhando oportunidades de aquisição - temos uma área voltada somente para isso -, mas elas precisam agregar valor ou em marca ou em distribuição. Gestão ajuda também, mas essas duas características sã prioridades", declarou.
 
No Brasil, Fay disse que por conta das restrições da fusão impostas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) - das 60 categorias nas quais a empresa está presente, 14 estão em restrições -, não estão "olhando nada.". "Pode até surgir alguma em lácteos, especificamente queijos. E a operação de bovinos é muito mais voltada para o oferecimento de matéria-prima do que para o processamento em si", explicou. Especificamente de lácteos, a BRF quer crescer em queijos e refrigerados e rentabilizar melhor UHT e leite em pó.
 
"Achamos que a grande estratégia de lácteos é em distribuição. Por isso chamamos o vice-presidente de supply chain, Luiz Henrique Lissoni, para acumular a função de vice-presidente de lácteos", ressaltou.
 
Questionado sobre o avanço do Grupo JBS em aves o País, Fay disse que a empresa é "bem-vinda" no setor. "Temos estratégias diferentes das da JBS, principalmente no Brasil. A nossa é de ter marca e distribuição, não trabalhamos nas vendas da commodity. Eles estão aproveitando as oportunidades dentro da estratégia deles e com foco em itens mais básicos, commoditizados", disse. 
 
Presidente da BRF, José Antonio do Prado Fay, com o martelo na abertura da NYSE


Fonte: Agência Estado/ Imagem: Forbes
Data: 13/11/2012 16:10



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