Logo nos primeiros dias deste novo ano que se inicia, nos surpreendemos ao vermos viralizar fotos de uma das lojas Spoleto exibindo em seus painéis, mensagens equivocadas sugerindo que ao deixar de comer carne o consumidor estaria economizando água, reduzindo a emissão de CO2 e combatendo o desmatamento.
Naturalmente, os bois comem, bebem água e, de fato, emitem gás metano. Mas a água consumida é proveniente das chuvas e parte significativa retorna à natureza através dos excrementos dos animais (inclusive enriquecida com nutrientes para o solo e a vegetação).
A maior parte da carne bovina brasileira é produzida em pastagens, que em seu processo de crescimento consome CO2. E é amplamente conhecido o aumento constante da eficiência produtiva da atividade pecuária nacional, não necessitando expandir suas áreas nem promover desmatamento, sendo que há alguns anos a pecuária vem cedendo áreas de pastagens para outras utilizações.
É equivocado dar ênfase e divulgação a apenas uma parte do ciclo produtivo da carne. Seria como, por exemplo, destacarmos apenas o efeito nocivo da queima do gás para o preparo das embalagens plásticas utilizadas para o acondicionamento dos pratos ou do combustível queimado pelos veículos de entrega dos produtos das lojas Spoleto, sem considerar as possíveis ações que a empresa implementa para fazer as devidas compensações destes processos.
E, na atividade pecuária, estas compensações são feitas naturalmente, em muitos casos gerando inclusive créditos de carbono!
Mais uma vez, convidamos as organizações e o público em geral a conhecer em mais detalhes o sistema produtivo da carne bovina brasileira, responsável pela geração de receitas e pela produção de alimentos para o Brasil e diversos países do mundo.
Juntos, podemos implementar ações de mitigação, identificação e correção de eventuais problemas existentes nos ambientes urbanos e rurais, valorizar o trabalho e os produtos de todos, gerar empregos e receitas e, efetivamente, TODOS NOS COMPROMETER COM A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA, TODOS OS DIAS.
Os produtores rurais brasileiros estão prontos para isso!
Nabih Amin El Aouar
Presidente da ACNB