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Óleo de linhaça fornecido a bovinos previne doenças
Um projeto que testa o fornecimento do óleo de linhaça protegido da degradação ruminal para bovinos Nelore, terminados em confinamento, vem sendo desenvolvido, desde 2010, na unidade regional de São José do Rio Preto (SP), do Polo Regional Centro Norte/APTA, vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
Até o momento, um dos resultados é que, “quanto maior o tempo de fornecimento do óleo de linhaça protegido, maior foi a porcentagem de ácidos graxos do tipo ômega 3 e linoléico conjugado, outro importante componente na prevenção de doenças, especialmente câncer, ao mesmo tempo que diminuiu os níveis de colesterol presentes na carne”.
O projeto, em andamento, tem o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Bellman Nutrição Animal – A Nutreco Company (empresa de alimentação animal com sede em Mirassol). Também tem a participação de professores e pós-graduandos da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP – Campus de Jaboticabal.
Por outro lado, o óleo de linhaça protegido também aumentou a proporção de ácidos graxos saturados e, quanto maior foi esse tempo, maior essa quantidade, dizem o pesquisador da APTA Wignez Henrique e o pós-doutorando da UNESP Thiago Martins Pivaro. Os ácidos graxos saturados estão relacionados ao colesterol “ruim”. “Portanto, um maior consumo desse tipo de gordura está associado ao aumento de problemas cardiovasculares. Hoje em dia, nem todos os ácidos graxos saturados são considerados prejudiciais à saúde e novas classificações tem sido propostas, por exemplo, hiper e hipocolesterolêmicos.”
Mas os dois autores do artigo “O óleo de linhaça na alimentação de bovinos” concluem que, quando os animais são alimentados com óleo de linhaça, é possível incorporar à carne bovina os benefícios inerentes a esta fonte de lipídeos, além daqueles já existentes: rica fonte de proteína de excelente valor biológico, de vitaminas lipossolúveis e parte do complexo B e de quase todos os minerais essenciais para a alimentação humana.
Outra conclusão do trabalho, até agora, é que não houve efeito do tempo de fornecimento do óleo de linhaça protegido sobre o ganho de peso pelos animais, sobre as características de carcaças (que estavam sendo acabadas) e sobre o peso e o rendimento dos cortes comerciais (nem do dianteiro nem do traseiro).
íntegra do estudo http://www.aptaregional.sp.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=1342&Itemid=284
Fonte:
APTA
Data:
22/01/2013 14:35
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