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Reformulado, Nelore Natural cresce 160% em dois anos.

Programa para aprimorar a genética Nelore, remunerar satisfatoriamente o pecuarista, garantir a qualidade da carne e divulgar a raça ao consumidor, o PQNN (Programa de Qualidade Nelore Natural) teve expressivo crescimento entre 2009 e 2011, superior a 160%.

Mantido pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil desde a sua criação, em 2000, o programa contou com a participação de mais de 5.000 pecuaristas e diversos frigoríficos. Em 2010, entretanto, com a quebra de várias empresas abatedoras, o PQNN enfraqueceu-se e precisou ser reformulado, explica o gerente do PQNN, Guilherme Alves.A partir desta reformulação o programa retomou o fôlego. Em 2009, foram abatidos 17 mil animais; em 2011, este número superou os 40 mil. A modificação básica foi concentrar os abates nas plantas do Frigorífico Marfrig.

Se em 2010 apenas uma planta, a de Bataguassu, MS, recebia bois pelo PQNN, hoje outras seis certificam e dão o selo Nelore Natural: Paranaíba, também em Mato Grosso do Sul; Mineiros e Rio Verde, em Goiás; Rolim de Moura, em Rondônia, e Paranatinga e Tangará da Serra, em Mato Grosso. Cada unidade conta com um técnico da ACNB para certificar a qualidade das carcaças abatidas e visitar pecuaristas. Com a remodelagem, funcionários da associação visitam as propriedades para estreitar relacionamento e dar retorno aos pecuaristas sobre como os lotes abatidos foram classificados. Se no primeiro ano da remodelagem, em 2010, apenas 100 pecuaristas integravam o programa, hoje este número supera a marca de 400. De lá pra cá, 471 fazendas foram visitadas e 68 mil animais abatidos receberam a classificação suficiente para a premiação. Neste novo modelo, o montante dos prêmios pagos somou R$ 2,5 milhões, com média de R$ 35,66 por animal (ou R$ 2,25 por arroba).

A classificação e a exigência para as premiações, que chegam a até 4% do valor da arroba, são divididos em três: novilho entre 17@ e 21,9@; novilhas acima de 13@ e vacas acima de 15@, todos com acabamento de 3 a 10 mm de gordura, uniformemente distribuída na carcaça. Novilhos castrados devem ter até seis dentes e os inteiros somente dentição de leite. Já as novilhas são restritas a quatro dentes incisivos permanentes, e as vacas, a partir de seis dentes. Para tanto, o sistema de criação dos animais deve ser à base de capim e sal mineral, aceitando suplementação estratégica, inclusive com termina-ção em confinamento, desde que com produtos de origem vegetal e por períodos limitados. “Mas a maior dificuldade é a regularidade e a padronização de carcaça”, relata Alves, da ACNB.

Apesar das dificuldades de fornecimento de matéria prima de qualidade, a projeção é de crescimento maior ainda para os próximos anos. Até maio, o programa abateu 96% do total de 2011.

Foram 43.656 nos cinco primeiros meses do ano, ante 45.493 em 2011, indicando elevação de 130% para este ano. Aproveitando o crescimento e a consolidação do novo formato, o Marfrig criou a marca Seara Natural, para acompanhar a marca Nelore Natural nas embalagens. Para 2013 a projeção é crescer entre 30 e 40%. “A ideia é passar a exportar a marca Nelore Natural nos próximos anos” prevê o gerente da PNNQ.

Por Ivan Azevedo, da Revista DBO.

 



Fonte: Da Redação
Data: 24/07/2012 16:15



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