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No mercado futuro apenas preços do boi subiram neste ano
Pressionadas pelo avanço da colheita de grãos e cana-de-açúcar no Brasil, as commodities agrícolas negociadas no mercado futuro de São Paulo caíram em abril, aprofundando a tendência baixista para 2013. Entre os cinco produtos agropecuários negociados na BM&FBovespa, o boi gordo é o único a dar sinais de resistência, com claro viés de alta.
As cotações do milho na bolsa paulista reagiram à forte pressão baixista oriunda tanto do Brasil, cuja colheita avança e promete atingir o recorde de 77,4 milhões de toneladas, conforme a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), quanto da perspectiva para o plantio da commodity nos Estados Unidos.
Uma produção igualmente recorde no Brasil também pesou sobre os futuros da soja na BM&FBovespa em abril. O preço médio da oleaginosa caiu 3,33% no mês, para US$ 27,12 a saca. Com isso, o grão acumula uma retração de 11,04% sobre a média de dezembro
O boi gordo é o único a destoar da tendência baixista no mercado futuro de São Paulo. Em abril, o preço médio do animal subiu 0,39% na BM&FBovespa, a R$ 96,90 por arroba. Apesar da modesta alta no mês, o boi gordo registra uma valorização de 2,35% em relação a dezembro - e, no primeiro quadrimestre, os preços costumam recuar devido à maior oferta de gado. "É um comportamento atípico para o período da safra", diz o analista Douglas Coelho, da Scot Consultoria.
"Atípico" neste ano é que essa oferta está sendo absorvida pela forte demanda para exportação. Só no primeiro trimestre, os embarques de carne bovina saltaram 26,3%. O consumo interno também segue aquecido. "Nos primeiros quatro meses, houve um aumento de abate de 10%. A indústria está com fome", estima Fabiano Tito Rosa, gerente de pesquisa de mercado da Minerva Foods.
Fonte:
Da redação com informações do Valor Econômico
Data:
30/04/2013 13:44
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