A redução na oferta de boiadas e a alta nos preços do boi gordo em São Paulo influenciaram os preços da carne bovina sem osso na última semana.
Embora a semana seja de vendas ruins, a tentativa de manter as margens da indústria levou a preços maiores para os cortes sem osso. Segundo levantamento da Scot Consultoria, a alta nos últimos sete dias foi de 1,5%. Isso fica claro observando o comportamento do varejo paulista, que trabalhou com queda de 1,0% nos preços, ou seja, o consumo diminuiu.
Agosto foi um mês de valorizações seguidas no atacado. A alta acumulada pela carne no período é de 3,0%, em média. Neste período, aliás, a margem da indústria com a venda de carne sem osso, mais todos os subprodutos e miúdos, atingiu o maior valor já registrado, 32,6%.
A tendência é que o mercado continue em alta.
Na próxima semana os varejistas devem sair às compras, aguardando o pagamento de salários. Isso deverá favorecer valorizações.Apesar de comportamento distinto entre atacado e varejo, as margens dos supermercados e açougues estão semelhantes às de 2011, no mesmo período. O sobrepreço médio praticado no varejo de São Paulo está em 80,0%.